Escrevendo, eu sou outra pessoa. É o momento em que eu me desconheço, eu fico estranha e calada. Coisa mais esquisita.
Não sou blogueira à vontade. Sou blogueira por absoluta necessidade. Sinto como se gritasse em ouvidos virtuais. E gritar sempre me assalta, me constrange... e finalmente me transborda... eu, a clandestina. Para gritar feliz é preciso ser inconsciente ou se amar incondicionalmente ou gritar junto. Infelizmente, acho tudo ridículo ou ridiculamente desnecessário.
Mas eu não me escapo. Preciso tentar revolver a poesia das coisas. E gritar, e cair, e rodar.
EM CÍRCULOS
A terra roda
a saia roda
a cabeça roda
a roda roda.